Por Mauricio Ruiz
Quer conhecer mais sobre o Mauricio e também sobre mixagem, escute o podcast acima durante a leitura do texto!
Você já fez um bolo? É provável que não. Mas já deve ter visto alguém fazer um bolo. Ou ao menos, tem a noção de como um bolo é feito.
Bem, fato é: para se fazer um bom bolo não é preciso somente saber quais ingredientes vão nele. É preciso saber a quantidade deles, em qual ordem mistura-los e como fazer essa mistura. Sem isso, o bolo não é bolo, é um amontoado de ovos, farinha, fermento, leite, manteiga, chocolate..... algo que provavelmente não é bom, e talvez nem seja recomendável comer.
Essa metáfora pode parecer boba, mas tem tudo a ver com o processo criativo de uma trilha sonora: a mixagem é tão importante quanto a produção e a criação. Sem ela aquela música que poderia ficar linda, vira um amontado de sons, uma maçaroca instrumental.
O que eu quero dizer com isso: você aí, que produz tudo sozinho, em seu home estúdio, não pode, de jeito nenhum, achar que a mix é um processo menor e que pode ser deixado de lado. Nem que ao criar e gravar sua música, o processo de mix esteja “embutido” no de produção. E para isso, você tem duas opções: aprender a mixar de forma correta (estudando, lendo, fazendo cursos e treinando), ou se aliar a um engenheiro de mixagem que sabe o que está fazendo, e que entenda seu processo criativo e objetivos.
Eu sou daqueles que acha que ninguém consegue fazer tudo da melhor forma possível. Acredito que é importante delegar coisas a pessoas que saibam o que fazem. Por isso acho que um produtor deve ter sempre um (ou mais, dependendo do estilo da produção) engenheiro de mixagem em confia na manga.
Agora, nem sempre isso é possível. Às vezes falta tempo, às vezes, dinheiro, outras, ambos. Às vezes a gente só quer mesmo é mixar nossa própria criação, e não há nada de errado com isso.
Por isso resolvi, a convite do Thiago Adamo, escrever uma pequena série de posts com dicas e recursos para mixagem musical. A ideia aqui não é ditar regra, nem ficar julgando coisas como certas e erradas, mas de compartilhar coisas que aprendi com o tempo e lugares (livros, posts e websites) que possam ajuda-los a melhorar suas mixagens.
O primeiro post terá dicas mais básicas sobre o processo de mixagem, e o que devemos evitar para que as coisas não saiam dos eixos. Em breve!
Até lá!